27 maio, 2013

Sexo e atividade física

Sexo e atividade física

É mais comum do que se possa imaginar casais que evitam relações sexuais com penetração com medo de machucar o bebê. “Se a gravidez está correndo normalmente não há restrições para a atividade sexual. O bebê está bem protegido no útero” afirma a obstetra da Santa Casa. O sexo apenas será contraindicado pelo médico em casos de gestação de alto risco.

Já antes de praticar exercícios físicos, a futura mãe deve passar por uma avaliação de seu médico. É fundamental que a mulher respeite seus limites e pratique atividades às quais ela já estava acostumada, evitando esportes de contato, como basquete e handebol. “Dizemos que a gravidez não é o melhor momento para se começar uma atividade física nova”, declara Rolnik.

Segundo os especialistas, o exercício é benéfico quando realizado de forma regular e de maneira moderada, o que vai garantir uma boa oxigenação para a gestante e para o bebê. “As caminhadas são uma boa maneira de se manter em forma em vez de atividades de grande impacto, que podem causar lesões, já que na gravidez as articulações do corpo todo ficam mais flexíveis”, afirma Lilian. Por isso, correr na gravidez só para aquelas que já praticavam o exercício antes da gestação e sempre após a avaliação do obstetra e do cardiologista. Além da tradicional hidroginástica, a natação e algumas modalidades de dança são indicadas para gestantes.

Trimestre crítico

Impulso natural na maioria das grávidas, revelar a gestação antes que essa complete três meses implica em riscos. “Mundialmente, cerca de 20% dos casais passam por abortos espontâneos”, afirma Tsutomo Aoki, professor-adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Quase 80% dos abortos acontecem nas primeiras semanas de gestação. Soma-se a isso o fato de que é na 12ª semana que se realiza o primeiro exame de ultrassonografia morfológica da criança, cujo principal objetivo é avaliar o risco de o feto ser portador de doenças genéticas, dentre as quais a mais comum é a Síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21).

É claro que a escolha do momento de contar a boa-nova cabe ao casal, mas os especialistas aconselham esperar até a 14ª semana, a partir da qual o abortamento é mais raro. “Comunicar que a gravidez tão esperada foi interrompida intensifica sentimentos de luto e pode causar até problemas emocionais”, diz Lilian.

Segundo Rolnik, 60% dos abortos precoces têm como principal causa alterações genéticas do embrião incompatíveis com a vida e que podem acontecer com casais geneticamente saudáveis.

Ainda há abortamentos causados por alterações hormonais –como doenças na tireoide–, infecções, malformações do útero ou provocados por doenças maternas –como anemia e diabetes descontrolada–, fumo e uso de substâncias tóxicas. “Nem todos os abortos, mesmo quando não relacionados a alterações genéticas, podem ser evitados”, afirma Rolnik. Mas, de acordo com o especialista, é possível remover alguns fatores de risco orientando a paciente no acompanhamento pré-natal ou, idealmente, na consulta pré-concepcional.

 

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